Ó fonte da minha aldeia,
Que serves vacas e gentes.
Esta, que de ti anseia,
Que a sua aldeia aguentes.
Com tua água dás vida
À gente da nossa quinta.
Gente com histórias vividas,
Gente que o tempo finta.
De ti brota muita água,
A mais fresca que senti!
Com ela apago a mágoa
Da gente que um dia perdi!
Vou contar-te minha fonte,
A razão da minha escrita:
Pra que a morte não me conte
Deixarei a vida dita.
Nas tuas costas é certo,
Lá estou eu anualmente.
Reunido com a família,
Com frio de bater o dente.
E com saudade te deixo,
Levo-te no coração!
Mas, por agora, não me queixo,
Levo água de recordação!
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