Eu te saúdo ó Sol, belo astro amigo!
(Tão pontual há tantos centos de anos!)
Mais reluzente que um broquel antigo,
Mais dourado que
ceptros de tiranos:
Ave, heróica luz! viva e
sonora,
Vestindo o mundo, enquanto aos céus erguidos,
As florestas extensas dão gemidos,
E o duro mar se chora!
Eu te saúdo, ó astro dos guerreiros!.
. .
Eterno confessor de madrigais,
Que desgelas os densos nevoeiros,
Que alegras as sonoras capitais:
Que dás valor nos campos marciais,
E força e amor aos aldeões trigueiros,
E que incitas os
tigres carniceiros
A
beber nos caudais!
Quem contará, ó luz, tuas bondades?.
. .
E o amor no qual o coração abrasas,
E as tuas funerais solenidades
À ideal palpitação das asas?. . .
Quem nos livra das flechas do pecado?
Quem faz na íntima terra o diamante?
Quem gera o monstro, a pomba, o lírio amado,
E a ideia extravagante?
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